"Seria tudo aquilo que acontece em nossos sonhos e pesadêlos apenas imaginação, ou poderia haver algo a mais que não conseguimos imaginar e nem tão pouco compreender?"
O Relato a seguir descreve os acontecimentos que envolvem um desses terríveis mistérios!
====================================================================================
Nos anos setenta, por mais estranho que possa parecer, o sonho de toda jovem adolescente era possuir uma legítima
calça Lee americana.
Fazia-se de tudo para consegui-la, uma vez que aqui no
Brasil ela não era vendida.
Pois bem, quando eu completei 16 anos, em 1972,
minha irmã mais velha trouxe para mim, direto dos Estados Unidos, a belíssima
calça jeans que, quanto mais velha e desbotada, mais bonita ficava. Fiquei
maravilhada.
Uma noite, ao chegar em casa, vestida pala primeira vez com a calça Lee,
arrumei-me e fui dormir.
Durante a noite, eu tive um pesadelo, onde sonhei que estava sendo perseguida
por um sujeito estranho, que tentava me estuprar a todo custo.
Tentando fugir
dele, acabei indo parar num beco sem saída, o que facilitou tudo para o
estuprador.
Ele me jogou no chão, me subjugou e quando estava quase conseguindo
me penetrar (naquele tempo eu ainda era virgem), eu lhe pedi para tirar a minha
calça Lee e colocá-la dobradinha num canto do muro para que ela não se sujasse
com o esperma.
Assim, ele fez.
Quando ele terminou de me possuir fugiu
imediatamente.
Eu sangrava muito e para não sujar de sangue a minha calça,
coloquei-a dobrada debaixo do braço e decidi ir pra casa nua (sonho estranho).
No dia seguinte, ao acordar, fiquei feliz da vida por perceber que tudo não
passara de um pesadelo.
Tomei meu banho e me arrumei para ir ao cursinho.
Quando
subi no ônibus, de repente tive a maior surpresa da minha vida: o cobrador era ninguém menos
que o estuprador do meu sonho, alguém que eu jamais tinha visto antes na minha vida.
O pior foi
quando eu passei pela catraca. Naquele momento ele me olhou com um riso debochado e falou:
"A
calça Lee se sujou de sangue?"
Fiquei apavorada e desci do ônibus
imediatamente.
Nunca mais voltei a ver esse sujeito, graças a Deus.
Mas até
hoje não consigo uma explicação para esse estranhíssimo fato.
Parece que ele havia saído do meu pesadelo para o mundo real. Fico chocada até hoje só de lembrar.
|
Sueli de Carvalho - Brasil
|
|